Este espaço destina-se à Produção de Texto sobre:
Tema 01 – História da Educação na França
Equipe (nome / e-mail)
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Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
Fonte Bibliográfica
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março 5, 2008
Este espaço destina-se à Produção de Texto sobre:
Tema 01 – História da Educação na França
Equipe (nome / e-mail)
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Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
Fonte Bibliográfica
———
março 15, 2008 at 9:26 pm
COLÉGIO ESTADUAL DEPUTADO ARNALDO FAIVRO BUSATO
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FRANCESA
PINHAIS
2008
BRUNA SOUZA DE ABREU Nº 06
JÉSSICA DA SILVA RIBEIRO Nº18
JULIANA DA VEIGA Nº21
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FRANCESA
Trabalho apresentado a matéria de História do curso de Formação de docentes,do 2ºMM,do Colégio Estadual Deputado Arnaldo Faivro Busato.
Professor:Gasparetto
PINHAIS
INTRODUÇÃO
Este trabalho irá abordar sobre o assunto EDUÇAÇÃO NA FRANÇA:Um dos temas mais fascinantes colocados pela revolução de 1789 foi a questão da educação popular.De certa forma até hoje ainda se tenta,particularmente nos países de Terceiro Mundo,levar a diante o programa dos revolucionários franceses.
É bom lembrar que a idéia de todos nós,independentemente de sexo,religião,raça,nascimento ousituação social,devemos ter acesso à mesma educação foi um dos mais significativos e duradouros legados da Revolução Francesa de 1.798.Chegar a ela,a essa conquista realmente não tem sido fácil.
Mas o primeiro passo foi inquestionavelmente dado pela proclamação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NA FRANÇA
Desde a Revolução de 1789, os franceses já defendiam a educação pública e gratuita.
No começo do século XIX, porém, Napoleão adotou uma política autoritária e centralizadora de ensino. Voltou sua atenção sobretudo para universidade e o ensino secundário (os liceus) , deixando o ensino elementar a cargo das ordens religiosas e, portanto, sem a gratuidade tão defendida no século anterior.
Após a queda de Napoleão, quando foram restabelecidas as relações com a Inglaterra, os franceses aproveitaram-se das técnicas do, ensino mútuo, ou monitorial, a fim de atender às reinvidicações de educação para as crianças da classe trabalhodora. Essa experiência de ensino elementar de massa teve momentos de pleno sucesso (de 1815 a 1820), abriram-se mil escolas mútuas , reunindo 150 mil alunos). Depois de algum recesso e de novo florescimento, o projeto acabou por se extinguir por volta da década de 1870.
Um pouco antes, em 1865, o industrial francês Godin, inspirado pelas idéias socialistas de Fourier, fundará uma escola ao lado de um núcleo habitacional, chamado familistério. Essa experiência, por exemplo raro de atendimento aos filhos de operários, sofreu pesadas críticas de liberais temerosos da infuência socialista.
Após a derrota da França pela Rússia, no período conhecido como Terceira República, os franceses retomaram a discussão sobre a necessidade da escola pública e muito elogiaram o mestre escola-alemão. Uma lei de 1882 institui de novo a escola laica, gratuita e obrigatória, tendo como modeloa Alemanha. Além da atenção á formação de professores, foi reorganizado o ensino o ensino técnicodiante da necessidade de formar “chefes de oficina e bons operários”.
Naquele período a universidade liberou-se do monopólio instaurado ainad no tempo de Napoleão e os cursos se tornarão mais didáticos, com sensíveis mudanças pedagógicas e conseqüente aumento do número de estudantes.
A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO NA FRANÇA
A população escolar de aproximadamente 13 milhões de alunos desfruta de um sistema de ensino unificado cujo arcabouço geral (escolas,colégios,liceus)foi progressivamente estabelecido nas décadas de 1960 e 1970.Este sistema representou uma ruptura decisiva em relação à ordem anterior, mas compartimentalizada e baseada em acentuada separação entre o ensino primário e secundário.Desde 1967 a escolaridade é obrigatória de 6 à 16 anos.
Desde a década de 1970 à França destingue-se também por um acentuado desenvolvimento do ensino pré – escolar: a totalidade das crianças de 3 à 5 anos vai à escola e frequenta classes maternais.
AS REGIÕES DISPÕE DE MAIORES PODERES
Há dez anos, entretanto,a França empenhou – se num duplo movimento de desconcentração e descentralização.No que diz respeito à educação,este movimento proporcionou maior diversidade e flexibilidade organizacional ao sistema de ensino por demais uniforme e mesmo monolítico.
AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS E MUDANÇAS
Nas últimas décadas, o sistema educativo francês passou por profundas mudanças quantitativas.
Uma criança que entra hoje para o maternal tem a expectativa de frequentar a escola em média durante 19 anos, ou 3 anos a mais que seus próprios pais.
A proporção de bacharéis numa geração chega atualmente a 62%, contra apenas 24% há um quarto de século.E metade dos jovens franceses,o número de estudantes foi multiplicados por sete no espaço de três décadas ( de 300.000 a 2,1 milhões).
CONCLUSÃO
Os franceses desde a revolução de 1789 sempre defenderam a educação pública e gratuita.Napoleão voltou sua inteira atenção para as universidades e no ensino secundário.
Desde a década de 1970 à França destingue-se também por um acentuado desenvolvimento do ensino pré-escolar.
As crianças na França já entram na escola com a expectativa de ter um nível escolar mais elevado que o de seus próprios pais.
O objetivo desse trabalho é mostrar que existem grandes diferenças entre a educação brasileira e a educação francesa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Clique para acessar o ensino.pdf
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/revolução_educação.htm
março 17, 2008 at 7:46 pm
Colégio Estadual Deputado Arnaldo F. Busato
Titulo
Educação Francesa
Mariana Cristina do Nascimento Nº25
Thaís Cristina de Freitas Nº31
Trabalho apresentado à disciplina
De historia para prof° Gasparetto
Do 2ºM- turno: manhã
Março/2008
O ensino na França :
O sistema escolar
A República francesa tem 60 milhões de habitantes, distribuídos em 22 regiões na metrópole e nos 4 departamentos de ultramar (1,7 milhão). Ela experimenta um leve crescimento demográfico de aproximadamente 0,4% por ano. Entretanto, o número e a proporção de jovens com menos
de 25 anos seguem uma tendência inversa de diminuição: eles são atualmente menos de 19 milhões na metrópole, o equivalente a 32% da
população nacional, contra 40% por volta de 1970 e 35% na época do recenseamento de1990. Assistimos portanto a um lento envelhecimento da população, menos pronunciado entretanto que em outros países vizinhos (Alemanha, Itália), tanto mais que o número anual de nascimentos registra atualmente um certo crescimento.
O total de alunos e estudantes chega a 15 milhões, ou um quarto da população.
Pouco mais de 2 milhões freqüentam o ensino superior.
Em 1999, a riqueza nacional (PIB) aproximase de 9 trilhões de francos (1,3 trilhão de euros), o equivalente a 150.000 francos (22.000 euros) por habitante. Deste total, pouco mais de 600 bilhões de francos (95 bilhões de euros) destinam-se às despesas de educação para a formação inicial ou contínua: 7,2% do PIB. No contexto internacional, o esforço financeiro destinado à formação inicial nos situa em posição intermediária, aquém dos países nórdicos (Suécia, Dinamarca), mas claramente acima da Itália e do Japão.
A França tem hoje 26 milhões de trabalhadores ativos, dos quais menos de 2,5 milhões encontram-se desempregados: o índice de desemprego acaba de cair abaixo de 10%. As atividades de formação ocupam 6% da população ativa (cerca de 1,5 milhão de empregos, entre os quais 1 milhão de funcionários).
A organização do ensino escolar
A população escolar de aproximadamente 13 milhões de alunos desfruta de um sistema de ensino unificado cujo arcabouço geral
(escolas, colégios, liceus) foi progressivamente estabelecido nas décadas de 1960 e 1970. Este sistema representou uma ruptura decisiva em relação à ordem anterior, mais compartimentalizada e baseada em acentuada separação entre o ensino primário e o secundário.
Desde 1967 a escolaridade é obrigatória de 6 a 16 anos. No primeiro grau, 60.000 escolas atendem aos alunos durante os cinco anos que vão do curso preparatório ao 2º ano do curso médio*. Desde a década de 1970, a França distingue-se também por um acentuado desenvolvimento do ensino préescolar:
a totalidade das crianças de 3 a 5 anos vai à escola e freqüenta classes maternais.
O ensino secundário compreende dois ciclos sucessivos. De 11 a 15 anos, quase todas as crianças cumprem atualmente os quatro anos
de formação que levam da 5ª à 8ª série, num colégio que desde 1975 tornou-se único. Após a 8ª série, elas são orientadas para o ensino
médio, numa das três grandes vertentes do segundo ciclo (ensino geral, tecnológico ou profissional). Essas vertentes preparam para
os baccalauréats correspondentes, exames de passagem ao ensino superior para os quais os candidatos “em geral” se apresentam aos 18
anos de idade.
As orientações (repetição, passagem à classe superior, mudança de curso) são feitas por um procedimento que instaura em cada
estabelecimento um diálogo entre a instituição escolar (professores, admininstração) e as famílias e os alunos. Se os professores dão
sua opinião num conselho de classe, os pais de alunos podem recorrer de uma decisão que não lhes convém e exigir, segundo o nível de
adiantamento, uma promoção em lugar de uma repetição ou uma repetição no lugar de um curso não desejado. Em cada
estabelecimento, um corpo especializado de conselheiros de orientação ajuda os alunos, os pais e os professores a resolver os problemas.
Atualmente, a 3ª classe constitui, no fim do colegial, a primeira etapa importante de orientação.
A grande maioria dos alunos é recebida em estabelecimentos submetidos à autoridade do Ministério da Educação Nacional. Mas cerca de 100.000 (apresentando diferentes deficiências) freqüentam estabelecimentos médico-sociais do Ministério da Saúde, e
200.000 estão ligados a estabelecimentos agrícolas (formações técnicas e profissionais).
Finalmente, 300.000 com idade mínima de 16 anos seguem formações de aprendizagem (contrato de trabalho) que desde a reforma de 1987 podem preparar para todos os tipos de diplomas profissionais.
Paralelamente ao ensino escolar comum existe um ensino especializado ou adaptado, que freqüentemente é integrado aos estabelecimentos primários e secundários, como as classes de integração escolar (CLIS) e as seções de ensino geral e profissional adaptado (SEGPA), mas que também é dispensado em estabelecimentos específicos (especialmente da Saúde). Este ensino beneficia cerca de 5 % das crianças de uma
geração e visa a conduzi-las a um nível mínimo de qualificação, o certificado de aptidão profissional (CAP).
Os estabelecimentos controlados pelo Ministério da Educação Nacional podem ser públicos ou privados. O ensino privado compreende cerca de 15% dos alunos no primeiro grau e 20% no segundo grau, percentuais que se mantiveram estáveis ao longo da última década. O essencial do ensino privado é constituído de estabelecimentos católicos sob contrato de associação com o Estado (que remunera seu pessoal). O setor
privado sob contrato congrega menos de 50.000 alunos, contando com uma forte participação financeira das famílias.
A divisão das competências
País de marcada tradição centralizada,
república que construiu e consolidou sua
identidade através de uma escola incumbida
de formar os futuros cidadãos, a França
conserva um sistema de ensino submetido
ao controle dominante do Estado. Ele
preserva atribuições fundamentais na
definição e na aplicação da política
educacional e dos programas nacionais de
ensino. Incumbe-se do recrutamento, da
formação e da remuneração dos professores,
a maioria dos quais são funcionários,
formados nos institutos universitários de
formação dos mestres (IUFM). Estes
institutos, criados em 1991, recebem tanto os
candidatos ao ensino de primeiro grau
(professores das escolas) quanto os futuros
professores de segundo grau (certificados e
agregados), que acumulam ao fim de sua
formação cinco anos de estudos posteriores
ao baccalauréat. Desde 1808 o símbolo do
diploma nacional anônimo é o baccalauréat,
que ao mesmo tempo arremata os estudos
secundários e fornece o passaporte de
entrada no ensino superior. Desde o início do
século, a própria formação profissional
desenvolveu-se sob o controle do Estado, que
optou por “escolarizar os aprendizados ” : as
qualificações adquiridas são atestadas pelos
primeiros diplomas que vêm a ser o
certificado de aptidão profissional (CAP) e o
diploma (brevet) de estudos profissionais
(BEP).
O Estado é o maior financiador dos gastos de
educação (cerca de dois terços do total de 600
bilhões de francos), representando sobretudo
despesas de pessoal. Ele contribui igualmente
com ajudas financeiras diversas, sob a forma
de bolsas, subvenções, etc…
As regiões dispõem de maiores
poderes
Há dez anos, entretanto, a França empenhouse
num duplo movimento de desconcentração
e descentralização. No que diz respeito à
educação, este movimento proporcionou
maior diversidade e flexibilidade
organizacional a um sistema de ensino por
demais uniforme e mesmo monolítico.
A desconcentração consiste em conceder
maiores poderes às autoridades
administrativas regionais ou locais submetidas
à autoridade do ministro. Nem tudo já agora é
decidido em Paris ou nos gabinetes
ministeriais. Os reitores, incumbidos do
funcionamento da escola em cada uma das 30
zonas geográficas sob sua responsabilidade
(academias), recebem anualmente da
administração central as verbas orçamentárias
globais, cuja destinação aos diferentes
estabelecimentos é providenciada por eles
mesmos (na forma de dotações horárias
globais). Desde 1999, a “desconcentração do
movimento dos professores” redundou na
atribuição aos reitores da responsabilidade
nova e importante de assegurar as
transformações e mudanças de atribuições
internas a sua academia.
No plano local, este movimento também
redundou em maior liberdade e maior margem
de manobra para os “atores locais “,
especialmente os diretores de
estabelecimentos. Ao contrário das escolas,
os colégios e liceus tornaram-se
estabelecimentos públicos locais de ensino
(EPLE), dotados de personalidade moral e
autonomia financeira. Também foram
progressivamente adquirindo autonomia
pedagógica, que se traduz na forma de
“projeto de estabelecimento”, definindo as
modalidades especiais de desenvolvimento
dos objetivos e programas nacionais, que lhes
permitem adaptar-se à população escolar que
os procura e melhor atender a suas
necessidades específicas.
As leis de descentralização de 1982 e 1983
contribuíram além disso para reforçar
sensivelmente o papel das coletividades
territoriais eleitas, ou seja, das assembléias
regionais, departamentais e comunais que
dispõem de orçamentos próprios
consideráveis. Elas participam atualmente do
financiamento de 20% das despesas totais de
educação.
Cada coletividade é incumbida de um nível de
ensino. As comunas têm a responsabilidade
da criação das escolas (maternais e primárias)
e de sua gestão orçamentária, incumbindo-se
de remunerar seu pessoal não docente. Os
departamentos são responsáveis pela
manutenção e a construção dos colégios,
financiando o transporte escolar. As regiões
exercem as mesmas competências no que diz
respeito aos liceus, participando do
planejamento escolar (plano regional de
formações, programa de previsão de
investimentos).
As principais tendências e
mudanças
Nas últimas décadas, o sistema educativo
francês passou por profundas mudanças
quantitativas. Nos anos 60, verificou-se a
generalização brutal do acesso dos alunos ao
ensino secundário, que provocaria uma
autêntica “explosão” dos efetivos colegiais.
Em 1985, o anúncio da meta de conduzir 80
% dos jovens ao nível do baccalauréat até o
fim do século, reafirmado na lei de orientação
de julho de 1989, provocou um segundo
abalo. Os liceus e depois deles o ensino
superior abriram-se à maioria.
Hoje, são cerca de 70% os jovens que
chegam ao fim do ensino secundário, seja
nos estabelecimentos de educação nacional
seja nos liceus agrícolas ou dentro do estatuto
de aprendiz. Esta proporção quase dobrou
num período de 15 anos, com especial
desenvolvimento dos cursos tecnológicos e
profissionalizantes (que reúnem
respectivamente 30% e 18% dos formandos
da classe 2000 do baccalauréat, 52% dos
quais admitidos em séries gerais).
Já previsto na lei de orientação, um outro
grande objetivo também foi incluído na lei
qüinqüenal de dezembro de 1993, relativa ao
trabalho, ao emprego e à formação
profissional. Ela estabelecia como princípio
que “todo jovem deve receber antes de deixar
o sistema educativo, e qualquer que seja o
nível de ensino atingido, uma formação
profissional “.
As estatísticas anuais sobre o número de
jovens que concluem seus estudos e sobre
sua repartição segundo o nível de formação
alcançado mostram o alcance dos progressos
realizados neste terreno. A proporção dos
formandos sem nenhuma qualificação
reconhecida (ou seja, sem ter pelo menos
chegado ao ano final de uma formação
profissional curta) passou de
aproximadamente um terço na década de
1960 a menos de 10% na de 1990.
Depois de dez anos de ensino obrigatório, a
escola deve hoje assegurar a todos a
aquisição de competências não apenas
escolares, mas também profissionais, sem
permitir que uma fração de jovens, ainda que
reduzida, fique despreparada para sua futura
vida adulta e ativa.
O nível de formação dos jovens é cada
vez mais elevado
A década de 1990 perfila-se assim com uma
dupla característica. Ela assiste ao advento de
um ensino de massa, que permitiu elevar
consideravelmente o nível de formação das
jovens gerações, e portanto do conjunto da
população. Uma criança que entra hoje para
o maternal tem a expectativa de freqüentar
a escola em média durante 19 anos, ou 3
anos mais que seus próprios pais. A
proporção de bacharéis numa geração chega
atualmente a 62%, contra apenas 24% há um
quarto de século. E no ensino superior, ao
qual tem acesso já agora mais da metade dos
jovens franceses, o número de estudantes foi
multiplicado por sete no espaço de três
décadas (de 300.000 a 2,1 milhões).
Esta escolarização, que tende a estabilizar-se
num nível alto, é acompanhada de um
sensível decréscimo demográfico, em razão
da queda de nascimentos registrada a partir
do meado da década de 1970. Ela acarreta
portanto – e é este um outro fato marcante –
um recuo generalizado dos efetivos escolares,
já antigo no ensino fundamental e mais
recente no médio e no superior.
Esta trégua demográfica, conjugada à
preservação e mesmo ao reforço dos meios
educativos, especialmente em matéria de
número de professores, permitiu melhorar as
condições de admissão dos alunos e seu
índice de aproveitamento. O progresso é
particularmente visível no primeiro grau,
beneficiado com uma redução regular do
tamanho das classes, que têm hoje em média
26 alunos no maternal e 23 no fundamental,
contra 40 e 30, respectivamente, na década
de 1960.
Os problemas atuais
Os avanços da escolarização abriram as
portas dos colégios e dos liceus à maioria.
Permitiram a novas categorias de crianças,
provenientes em especial de meios sociais
desfavorecidos, alcançar níveis de formação
dos quais encontravam-se anteriormente
afastadas. Mas para garantir um ensino
comum e as mesmas oportunidades de êxito
escolar a todos os jovens, qualquer que seja o
meio em que vivam, este movimento de
democratização cria novas dificuldades,.
A amplitude dos progressos quantitativos não
deve ocultar a persistência de um “núcleo
duro” de fracasso escolar, não raro
evidenciado já nos primeiros anos de
escolaridade, e que tradicionalmente é
“sancionado” em nosso sistema educativo
através de repetições e atrasos escolares,
sem que sejam encontrados sempre os meios
de corrigi-lo. Essas dificuldades precoces
foram enfatizadas numa pesquisa
aprofundada feita em 1997 com alunos da 6ª
série: 15% revelaram-se maus leitores,
chegando 4 % deles inclusive a situações
próximas do analfabetismo. A maioria dessas
crianças terá dificuldade de superar esta
deficiência. Alguns anos depois, estarão entre
os jovens que se formarão sem qualificação,
voltando a manifestar por volta dos 17 ou 18
anos graves lacunas em testes realizados
durante as Jornadas de Convocação à
Preparação para a Defesa (JAPD).
O estabelecimento há mais de dez anos de
provas nacionais de avaliação dos progressos
escolares, em francês e matemática, para
todas as crianças das classes de CE2 (8 anos)
e de 6ª série (11 anos), visa precisamente
identificar esses jovens defrontados com o
fracasso escolar. Para garantir uma
verdadeira igualdade de oportunidades, não
apenas no acesso à escola como em matéria
de êxito escolar, é necessário intensificar o
estabelecimento de dispositivos de apoio aos
alunos em dificuldades, para não deixá-los “à
beira do caminho”.
A busca de um ensino adaptado à
diversidade dos alunos
No primeiro grau, que deve privilegiar o
domínio das linguagens, a organização em
ciclos plurianuais proporcionou maior
flexibilidade pedagógica. Ela permite levar
em conta a diversidade dos ritmos de
aprendizagem. Um crédito de duas horas
semanais é reservado aos estudos dirigidos, à
assistência individualizada. Redes de
assistência especializada aos alunos em
dificuldades (RASED) tomam a seu cargo as
crianças que correm maior risco.
Antes da diversificação dos percursos
escolares nos liceus, o colégio está hoje em
busca de uma síntese entre um ensino para
todos, que é uma exigência comum, e a
necessária adaptação a públicos fortemente
heterogêneos, no mínimo por seu passado
escolar. O princípio de um ensino uniforme,
simples sucessão de cursos magistrais
administrados ante o mesmo grupo-classe, já
não se sustenta. A dotação de verbas para os
estabelecimentos prevê pelo menos duas
horas semanais para o nivelamento dos
alunos que entram para a 6ª série, ou então
estudos dirigidos ou acompanhados na 6ª e na
5ª séries. Mediante métodos capazes de
despertar o interesse dos colegiais e dar mais
sentido a seus estudos, procura-se, nos
percursos diversificados e trabalhos cruzados,
atender às dificuldades que venham a
enfrentar ante um ensino disciplinar
relativamente compartimentalizado. Da
mesma forma, no ensino médio a assistência
individualizada conta duas horas semanais,
em francês e matemática. O ensino modular e
os trabalhos pessoais acompanhados (TPE,
estabelecidos nas séries gerais do primeiro
ciclo em 2000) visam a desenvolver o
aprendizado da autonomia.
Para ajudar os mais desprovidos, de maneira
mais geral, optou-se por desenvolver em
nosso sistema educativo uma política de
“discriminação positiva “, concretizada na
dotação de recursos suplementares aos
estabelecimentos afetos à “educação
prioritária”, que congregam 18% dos escolares
e 21% dos colegiais.
Além dos conhecimentos fundamentais,
necessários a todo adulto ou cidadão
responsável e autônomo, a escola também
deve preparar os jovens para o sucesso na
vida profissional. O diploma continua sendo
na França um símbolo forte e procurado;
continua a contribuir em grande medida para
evitar o desemprego, e constitui um trunfo
decisivo para aceder rapidamente a um
emprego estável e evoluir profissionalmente.
A ligação entre diploma e emprego
Os jovens que deixaram a escola sem
diploma foram os principais afetados nos
últimos 20 anos pelo aumento do
desemprego. Mas os mais diplomados,
relativamente poupados até então, viram
degradar-se sensivelmente sua situação
vantajosa no meado da década de 1990.
Desde 1998, são eles que mais se beneficiam
da melhora geral das condições de inserção
profissional.
As futuras hierarquias sociais baseiam-se em
grande medida nas hierarquias escolares.
Cinco anos após o fim dos estudos, o número
de diplomados do ensino superior exercendo
uma profissão superior ou intermediária é
cinco vezes maior que o de diplomados do
secundário. E o acesso aos empregos de
profissional de nível superior, engenheiro ou
profissional liberal está mais ao alcance dos
diplomados das grandes escolas e do terceiro
ciclo universitário.
Se por um lado parece tranqüilizadora no que
diz respeito ao valor reconhecido dos
certificados de escolarização, esta
constatação também é motivo de
preocupação, na medida em que as
desigualdades não raro percebidas muito cedo
ainda na escola, e dificilmente superadas,
deixam marcas duradouras no destino
profissional dos indivíduos. A formação
contínua, indispensável à renovação dos
conhecimentos ao longo da vida, tem sido
encarada como uma escola da segunda
chance que atenua ou corrige o alcance das
diferenças legadas pela formação inicial. Mas
só muito imperfeitamente ela desempenha
este papel. Da mesma forma, também ganha
terreno a idéia de que a prática profissional
constitui uma das formas possíveis de
aprendizado, levando a uma certificação
equivalente às formações escolares e
superiores. Mas os procedimentos de
validação das conquistas profissionais
estabelecidos pelas leis de 1985 e 1993 ainda
se deparam com sérios obstáculos. Em 1998,
apenas 12.000 pessoas conseguiram validar
sua experiência profissional, principalmente
no ensino universitário. Atualmente, o projeto
de lei de modernização social destina-se a
completar e superar o atual esquema, de
maneira a proporcionar uma autêntica
segunda chance àqueles que não tiveram
suas competências identificadas pela escola.
Clique para acessar o ensino.pdf
março 18, 2008 at 1:54 am
“A Educação Francesa”
– Introdução
Quando o assunto é “Educação”, logo nos vem à cabeça a palavra “TODO” (à educa- ção para todos), mas mesmo nos dias de hoje, após anos de brigas, discussões, leis ,etc, ainda não é possível enxergar essa realidade. Porém, mesmo assim muita coisa mudou em questão à décadas atrás, quando a sociedade era dividida bruscamente entre os mais ricos, e os mais pobres.
Alguns, ainda tentaram mudar tal realidade (assim como, TALLEYRAND, CONDORCET, ROBESPIERRE, DANTON, LAKANAL,MIRABEAU e LEPELLETIER), mas não eram forte demais para “ganhar tal batalha”.
Pretendo então atravéz deste, falar um pouco mais sobre a educação, porém visando e enfatizando de tal modo, “A Educação Francesa”
– Desenvolvimento
Um dos temas mais fascinantes colocados pela revolução de 1789, foi a questão da educação popular. De certa forma, até hoje ainda se tenta, levar adiante o programa dos revolucionários franceses, especialmente o do filósofo Condorcet.
A Declaração e a educação
É bom lembrar que, a idéia de que todos nós, independentemente de sexo, religião, raça, ou situação social, devemos ter acesso à mesma educação.Talvez este tenha sido um, dos motivos da Revolução Francesa de 1789. Chegar a essa conquista, realmente não tem sido fácil, mas o primeiro passo foi inquestionavelmente dado pela, proclamação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão(de 26 de agosto de 1789, e reafirmado por uma outra declaração de direitos, a de 1793, em seu artigo 22).
O fim dos jesuítas:Um grande Início
A discussão dos destinos e raio da abrangência da instrução pública deu-se de forma extremamente polêmica, bem antes dos acontecimentos de 1789. Remontou há trinta anos antes, aos tempos em que se dera a batalha entre os que defendiam a expansão da autoridade real e os inacianos, fazendo com que os primeiros conseguissem com que a Companhia de Jesus fosse finalmente proibida de possuir escolas na França (a famosa catequese jesuítica). Em 1762, um decreto real interditou seus colégios, fazendo com que mais de 600 prédios administrados pelos padres jesuítas passassem ao controle dos notáveis locais.
Como que prenunciando o vigoroso debate que se seguiria, naquele mesmo ano Jean-Jacques Rousseau fizera publicar seu ensaio pedagógico – Emílio – em que propunha, além do abrandamento dos castigos físicos nas escolas, um retorno às chamadas virtudes naturais. Mas o que causou mais sensação na época foi um livro de La Chalotais, um pedagogo que há anos vinha lutando para tornar o ensino uma atividade exclusivamente secular. La Chalotais, no entanto, não desejava estendê-lo ao povo inteiro. Ensino estatal sim, mas apenas para as classes abonadas, chegando até a condenar os Frères Ignorantins, integrantes do baixo clero francês, que ensinavam os rudimentos do alfabeto aos trabalhadores e aos pobres em geral. Rousseau condenou o castigo físico.
Segundo ele, ensinar as letras aos operários e camponeses seria desviá-los das tarefas que a natureza e a ordem social haviam determinado aos próprios. Foi o que bastou para que ninguém menos do que Voltaire (um elitista assumido), se congratulasse com o pedagogo, pois, para o grande escritor, as luzes não eram para “alfaiates e bodegueiros”, mas sim um apanágio da aristocracia pensante.
Mais radical ainda, foi a cura de Lisieux, o padre Réguis que em seus sermões arengava contra a inutilidade de esclarecer os trabalhadores; “saber ler e escrever”, dizia ele do seu púlpito, “não os ensinará a melhor lavrar a terra, não irá lhes melhorar os costumes, nem lhes tirar a malícia […] nem os torna mais dóceis ao seu pastor, nem os torna mais virtuosos e mais cristãos”. Louvem-se, no entanto, alguns professores jansenistas, como Jean-Baptiste Crévier, que contra-argumentava, terem sido os “Evangelhos escritos para serem lidos” e que a fé seria reforçada por aqueles que tinham o domínio dos princípios cristãos expressos nos livros.
Depois da tomada da Bastilha no 14 de julho, ninguém mais ousava discutir se o povo devia ou não ser instruído. A questão passou a ser outra: de que forma regenerar pela educação o novo homem produzido pela Revolução? Quais os métodos políticos e pedagógicos a serem adotados e seguidos para atingir os objetivos, estabelecidos pelas Declarações de Direitos e pelas Constituições? Como poder educar o povo?
De certa forma estas perguntas vagam no ar até hoje, pois mesmo depois de décadas o ensino ainda não tomou uma base certa para se estabelecer, não há um ponto certo aonde se queira chegar, e sim uma lacuna à ser preenchida.
– Conclusão
Após, várias pesquisas, leituras, e interpretações, é possível concluir que; mesmo após décadas de avanços na sociedade, muita coisa ainda não mudou, uma delas foi a própria educação.Ainda é possível enchergar claramente abaixo de nossos olhos, pessoas das quais não possuem a tal (crianças, adultos, independente de idade), mesmo porque, trabalham, cuidam de casa, da família, motivos variados, que não me cabe, citar no momento.
Quis então eu atravéz deste mostrar uma realidade, da qual não consiguimos fugir, desde muito tempo atrás.
A autora;
Jéssica Karoline S. de Paula.
-Referências Bíbliográficas:
* http://www.historia.uff.br
* educaterra.terra.com.br
* cheriezinha.blogspot.com/2008
março 18, 2008 at 7:46 pm
Colegio Est. Dep. Arnaldo Faivro Busato
“A Educaçao Francesa”
Stephanie R. A. Carmona N° 29 2° M – Manhã
Introduçao:
Um dos temas mais fascinantes colocados pela revolução de 1789 foi a questão da educação popular. De certa forma até hoje ainda se tenta, particularmente nos países do Terceiro Mundo, levar adiante o programa dos revolucionários franceses, especialmente o do filósofo Condorcet.
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Atualmente, muito se ouve falar em democratização da escola pública, tendo em vista a universalização da instrução. Esses discursos, entretanto, tiveram, na história, um ponto alto com a Revolução Francesa no final do século XVIII.
Apesar de discursos como esses já tivessem aparecido em momentos anteriores à Revolução nas iniciativas da Reforma e da Contra-Reforma por exemplo, ‘foi somente durante a Revolução Francesa que se concretizaria, pela primeira vez a idéia de uma instituição pública e laica…’ (Villela; 1990, p. 22) de ensino. Essas reivindicações, todavia, aconteceram na medida em que a burguesia, então membro do chamado Terceiro estado juntamente com o restante do povo, se aliou aos discursos populares de reivindicação de direitos na luta contra os privilégios do clero e da nobreza. Dentre os direitos reclamados estava a igualdade de oportunidades educacionais para o povo que, diferentemente dos membros do 1º e 2º Estados, era excluído da escola.
A idéia de ‘Regeneração’ do homem que, imiscuída no ideal revolucionário, potencializava o discurso pedagógico de universalização da escola, trazia a necessidade de transformar os súditos em cidadãos, transformação esta que se concretizava por intermédio desta instituição educativa.
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Bibliografia:
http://www.historia.uff.br/nec/Seculo%20XIX/A%20Revolu%E7%E3o%20Francesa%20e%20a%20quest%E3o%20da%20educa%E7%E3o%20p%FAblica.htm
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/revolucao_educacao.htm
março 22, 2008 at 7:17 pm
Alunas:Ana Paula Cordeiro nº04
Cristiely do Rocio nº08
Jhaysiane Cristina n°20
Suellen Karolina nº30
Introdução
Neste trabalho iremos falar sobre a educação francesa mostrando-lhe a importância que a França trás para sua sociedade, mostrando também a valorização da educação.
O Ensino na França
O ensino na França é bastante rígido em relação ao tempo de escolaridade. Desde 1967 é obrigatório ir para a escola quando se tem de 6 á 16 anos.
A França tem hoje cerca de 2 milhões de alunos em escolas francesas,essas que são ajudadas pelo estado com maior de 30% da riqueza do pais.
Na pré-escola, freqüentam crianças de 3 á 5 anos que estão no maternal.O ensino secundário compreende de dois ciclos: de 11 á 15 anos, quase todas as crianças cumprem atualmente as quatro anos de formação que levam da 5° serie e após á 8° serie, elas são orientadas para o ensino médio numa das três grandes vertentes do segundo ciclo (ensino geral, tecnológico ou profissional).Essas vertentes preparo para exames de passagem ao ensino superior para os quais os candidatos se apresentam aos 18 anos de idades.
A formação de seus proficionais é muito rígida , eles adaptaram uma nova maneira de escolher esses proficionais. Com a ajuda de um corpo especializados de conselho de orientação ajuda o corpo docente.
Os estabelecimentos são controlados pelo ministério da Educação Nacional , que controlam dois órgãos o publico ou privados.O privado compreende cerca de 15%dos alunos no primeiro grau e 20%no segundo grau.
A França é evoluída em todos os sentidos, ela da a base para o pais principal na educação.
Conclusão
É bom lembrar que a idéia te todos nós,independentemente de sexo,religião,raça,nascimento ou situação social,devemos ter acesso a mesma educação foi um dos mais significativos e duradouros legais da revolução francesa
março 22, 2008 at 7:19 pm
Alunas: Ana Paula Cordeiro nº04
Cristiely do Rocio nº08
Jhaysiane Cristina nº20
Suellen Karolina nº30
Introdução
Neste trabalho iremos falar sobre a educação francesa mostrando-lhe a importância que a França trás para sua sociedade, mostrando também a valorização da educação.
O Ensino na França
O ensino na França é bastante rígido em relação ao tempo de escolaridade. Desde 1967 é obrigatório ir para a escola quando se tem de 6 á 16 anos.
A França tem hoje cerca de 2 milhões de alunos em escolas francesas,essas que são ajudadas pelo estado com maior de 30% da riqueza do pais.
Na pré-escola, freqüentam crianças de 3 á 5 anos que estão no maternal.O ensino secundário compreende de dois ciclos: de 11 á 15 anos, quase todas as crianças cumprem atualmente as quatro anos de formação que levam da 5° serie e após á 8° serie, elas são orientadas para o ensino médio numa das três grandes vertentes do segundo ciclo (ensino geral, tecnológico ou profissional).Essas vertentes preparo para exames de passagem ao ensino superior para os quais os candidatos se apresentam aos 18 anos de idades.
A formação de seus proficionais é muito rígida , eles adaptaram uma nova maneira de escolher esses proficionais. Com a ajuda de um corpo especializados de conselho de orientação ajuda o corpo docente.
Os estabelecimentos são controlados pelo ministério da Educação Nacional , que controlam dois órgãos o publico ou privados.O privado compreende cerca de 15%dos alunos no primeiro grau e 20%no segundo grau.
A França é evoluída em todos os sentidos, ela da a base para o pais principal na educação.
Conclusão
É bom lembrar que a idéia te todos nós,independentemente de sexo,religião,raça,nascimento ou situação social,devemos ter acesso a mesma educação foi um dos mais significativos e duradouros legais da revolução francesa
abril 7, 2008 at 9:46 pm
INTRODUÇÃO
A Revolução Francesa não foi apenas o inicio da abolição da escravidão e dos direitos feudais, com seu lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, mais também para uma nova concepção de um item muito importante para o ser humano, mas que até esse período não era levado em consideração, à educação.
Condorcet era um dos principais responsáveis a respeito de uma nova constituição a favor de uma reforma no sistema educacional, nos aperfeiçoaremos a partir de agora.
A REVOLUÇÃO FRANCESA E A EDUCAÇÃO
Um dos mais fascinantes colocados pela revolução de 1789 foi à questão da educação popular.
De certa forma até hoje ainda se tenta, particularmente nos países do terceiro mundo, levando adiante o programa dos revolucionários franceses, especialmente o do filosofo Condorcet.
A declaração e a educação
É bom lembrar que a idéia que todos nós, independente de sexo, religião, raça, nascimento ou situação social, deve ter acesso à mesma educação foi um dos mais significativo e duradouro legado da revolução francesa de 1789. Chegando a ela, a conquista realmente não tem sido fácil, mas o primeiro passo foi inquestionavelmente dado pela proclamação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, e de 26 de agosto de 1789, e reafirmação por outra declaração de direitos, a de 1793, em seu artigo 22.
O fim dos jesuítas
A discussão dos destinos e raio da abrangência da instrução publica deu-se de forma extremamente polêmica, bem antes dos acontecimentos de 1789. Remoto há trinta anos antes, aos tempos em que se dera a batalha entre defendiam a expansão da autoridade real e os inacianos, fazendo com que os primeiros conseguissem com que a Companhia de Jesus fosse finalmente proibida de possuir escolas na França.
Em 1762 um decreto real interditou seus colégios, fazendo com que mais de 600 prédios administrativos pelos padres jesuítas passassem ao controle dos notáveis locais.
Rousseau e La Chalotais
Rousseau educador
Como que pronunciando o vigoroso debate que se seguiria, naquele mesmo ano Jean- Jacques Rousseau fizera publicar seu ensaio pedagógico- Emilio- em que propunha, alem do que abrandamento dos castigos físicos nas escolas, um retorno às chamadas virtudes naturais.
Mas o que causou mais sensação na época foi um livro da La Chalotais, um pedagogo que há anos vinha lutando para tornar o ensino uma atividade exclusivamente secular.
Lá Charlotais, no entanto não desejava estende-lo ao povo inteiro. Ensino estatal sim, mas apenas para as classes abonadas, chagando até a condenar os Frères ignorantes, integrantes do baixo clero francês, que ensinavam os rudimentares do alfabeto aos trabalhadores e aos pobres em geral.
Rosseau condenando o castigo físico
Segundo ele, ensinar as letras aos operários e aos camponeses seria devia-los das tarefas que a natureza e a ordem social haviam determinado para eles!… Foi o que bastou para que ninguém menos do que Voltaire, um elitista assumido, se congratulasse com o pedagogo, pois para o grande escritor, as luzes não eram para “alfaiates e bodegueiros”, mas sim um apanágio da aristocracia pensante.
Mas radical ainda foi o cura de Lisieux, o padre Réguis que em seus sermões aregava contra a inutilidade de esclarecer os trabalhadores; “saber ler e escrever”, dizia ele do seu púlpito, “não os ensinará a melhor lavrar a terra, não dóceis ao seu pastor, nem os torna mais virtuosa e mais cristãos”. Louvem-se, no entanto, alguns professores jansanistas (dissidência católica), como Jean-Baptiste Crévier, que contra-argumentava terem sido os “Evangelhos escritos para serem lidos” e que a fé seria reforçada por aqueles que tinham o domínio dos principais cristãos expressos nos livros.
Le Peletier, educação revolucionaria
Duas tendências conflitantes emergiram então, uma delas baseava-se na ela revolucionário, no entusiasmo que a revolução havia provocado na multidão nos primeiros anos.
Para estes se tratava de formar o homem novo dentro dos princípios do ardor revolucionário, conjugando-o com uma mortalidade espartana calcada no sacrifício pessoal em favor do coletivo. Essa proposta, defendida por Robespierre, apoiava-se nos papeis do deputado Le Peletier de Saint-Fargeau, assassinado por um monarquista no dia 20 de janeiro de 1793, achados após sua moret.
Representando o mártir republicano que havia voltado pela morte de Luiz XVI, o líder dos jacobinos defendeu uma educação sóbria, obrigatória, baseada em internatos, fortemente doutrinária, militarizada mesmo. Concretizou-se o seu desejo na abertura da Escola de Marte e paris, que funcionou até alguns meses depois da execução do ditador depois do golpe do Termidor, em 1794.
A proposta de Condorcet
O marquês de Condorcet (1747-1794)
Anteriormente a essa proposta houve a de Condorcet, o último dos filósofos iluministas e parlamentar simpatizante da Gironda. Encarregado pelo Comitê de Instrução Pública da Assembléia Legislativa, Condorcet apresentou seu plano educacional em abril de 1792, juntamente no momento em que a França declarava guerra aos reis vizinhos. Na verdade era um resumo da publicação que fizera um ano antes em 1791, denominada de Cinqsur L´instruction publique. A hostilidade pessoal do filosofo à educação dos feitos com que Condorcet se tornasse ideólogo das modernas pedagogias da liberdade. O ensino deveria ser publico, gratuitamente e universal. A igreja seria afastada definitivamente da instrução publica, visto ser encarada pelos iluministas e pelo revolucionário de 1789 como uma agência da superstição, fermentadora do fanatismo e do obscurantismo.
Os liceus
Condorcet pensava em espalhar pela França inteira escolas centrais (que Napoleão mais tarde substituiu pelos liceus), que coordenariam as escolas menores dos distritos.
Os professores seriam escolhidos por critérios técnicos e formaria um corpo profissional independente, completamente afastados do partidarismo, o conteúdo a ser desenvolvido nas escolas, no moldes propostos pelos enciclopedistas, deveria dar maior ênfase nas cidades exatas para tornar o ensino adequado aos tempos de ascensão das maquinas e da tecnologia. Se a igualdade natural era impossível de obter-se devido à diferença dos talentos, caberia à sociedade pelo menos a tão almejada igualdade de oportunidades. A liberdade seria reimplatada o fanatismo por via secular.
Tirava-se a Igreja, colocava-se o Estado!
O novo cidadão
Um futuro para o novo homem
Graças ao exercício das faculdades naturais de cada home e do seu espírito critico assim pensava ele, o novo cidadão se ergueria das ruínas da velha ordem para construir o mundo futuro, o do progresso.
Desde então os princípios fixados por ele continuam, de uma forma ou de outra, a balizar o moderno ensino publico praticamente em todo o mundo. A morte obscura de Condorcet num calabouço jacobino, em 29 de março de 1794, nunca lhe tirou a primazia de ter sido o precursor da idéia da emancipação das massas pelo ensino.
E atualmente
A República francesa tem 60 milhões de habitantes, distribuídos em 22 regiões na metrópole e nos 4 departamentos de ultramar (1,7 milhão). Ela experimenta um leve crescimento demográfico de aproximadamente 0,4% por ano. Entretanto, o número e a proporção de jovens com menos de 25 anos seguem uma tendência inversa de diminuição: eles são atualmente menos de 19 milhões na metrópole, o equivalente a 32% da população nacional, contra 40% por volta de 1970 e 35% na época do recenseamento de1990. Assistimos, portanto a um lento envelhecimento da população, menos pronunciado, entretanto que em outros países vizinhos (Alemanha, Itália), tanto mais que o número anual de nascimentos registra atualmente certo crescimento.
O total de alunos e estudantes chega a 15milhões, ou um quarto da população.
Pouco mais de 2 milhões freqüentam o ensino superior.Em 1999, a riqueza nacional (PIB) aproxima se de 9 trilhões de francos (1,3 trilhão de euros), o equivalente a 150.000 francos(22.000 euros) por habitante. Deste total, pouco mais de 600 bilhões de francos (95bilhões de euros) destinam-se às despesas de educação para a formação inicial ou contínua: 7,2% do PIB. No contexto internacional, o esforço financeiro destinado à formação inicial nos situa em posição intermediária, aquém dos países nórdicos (Suécia, Dinamarca), mas claramente acima da Itália e do Japão.
A população escolar de aproximadamente 13milhões de alunos desfruta de um sistema de ensino unificado cujo arcabouço geral (escolas, colégios, liceus) foi progressivamente estabelecido nas décadas de 1960 e 1970. Este sistema representou uma ruptura decisiva em relação à ordem anterior, mais compartimentalizada e baseada em acentuada separação entre o ensino primário e o secundário. Desde 1967 a escolaridade é obrigatória de6 há 16 anos. No primeiro grau, 60.000 escolas atendem aos alunos durante os cinco anos que vão do curso preparatório ao 2º ano do curso médio*. Desde a década de 1970, a França distingue-se também por um acentuado desenvolvimento do ensino pré-escola: a totalidade das crianças de 3 a 5anos vai à escola e freqüenta classes maternais. O ensino secundário compreende dois ciclos sucessivos. De 11 a 15 anos, quase todas as crianças cumprem atualmente os quatro anos de formação que levam da 5ª à 8ª série, num colégio que desde 1975 tornou-se único. Após a 8ª série, elas são orientadas para o ensino médio, numa das três grandes vertentes do segundo ciclo (ensino geral, tecnológico ou profissional). Essas vertentes preparam para os baccalauréats correspondentes, exames de passagem ao ensino superior para os quais os candidatos “em geral” se apresentam aos 18anos de idade.
As orientações (repetição, passagem à classe superior, mudança de curso) são feitas por um procedimento que instaura em cada estabelecimento um diálogo entre a instituição escolar (professores, administração) e as famílias e os alunos. Se os professores dão sua opinião num conselho de classe, os pais de alunos podem recorrer de uma decisão que não lhes convém e exigir, segundo o nível de adiantamento, uma promoção em lugar de uma repetição ou uma repetição no lugar de um curso não desejado.
Conclusão
Graças à Revolução Francesa atualmente temos, pelo menos a idéia de que, a educação é um direito e dever de todos os cidadãos, indiferente de raça, cor, sexo e idade.